quinta-feira, 29 de março de 2012

Hora do Planeta Sábado as 20:30 hs

Quem manda nas cidades?

29/03/2012 - 07h02

A dimensão humana ou a forma? A gente ou as coisas?Zaha Hadid, única mulher a ganhar o prêmio Pritzker, uma espécie de Nobel da Arquitetura, está no Rio para o evento Arq. Futuro. Nasceu em Bagdá, formou-se em arquitetura em Londres, gosta da forma de Brasília. Projetou o Centro Aquático de Londres que deve ser a imagem da Olimpíada 2012. Como o Ninho de Pássaro foi em Pequim.
Zaha Hadid prioriza a forma. O homem se conforma a ela.
Divulgação
MaXXI, Museu de Arte do Século 21, em Roma
MaXXI, Museu de Arte do Século 21, em Roma; obra de Zaha Hadid
Jan Gehl é arquiteto formado em Copenhague, planejador urbano e mudou a cara de Copenhague em 1960. Com um conceito bem simples, mas raro e objetivo: pensar primeiro nas pessoas. A forma segue o movimento e as necessidades humanas.
Ambos são consagrados, cada um obteve seu sucesso. Vale menos o cotejo pessoal de projetos. Valem mais os conceitos. Hadid faz belas obras. A forma não pensa na funcionalidade. Como Niemeyer. Como os prédios ministeriais de Brasília que são muito ruins funcionalmente: apertados e difíceis para se trabalhar. Como o Palácio Alvorada, frio e inóspito. Mas têm uma forma marcante.
Jan Gehl fez a nova Times Square. Tirou os carros e colocou gente. Não tem nenhuma construção monumental.
Divulgação
antes e depois da Times Square, em NY
A Times Square, em NY, antes e depois da obra de Jan Gehl
Entre os dois conceitos, o que tem prevalecido é um terceiro. O pior de todos. As grandes cidades do Brasil que já cresceram desordenadamente, na base do improviso, vivem atrás de encontrar lugar para os carros. Eles mandam nas cidades.
Jan Gehl observa em "Cities for People": -"Durante décadas a dimensão humana tem sido negligenciada, enquanto a acomodação do crescimento da frota de automóveis é o foco.O modernismo dá baixa prioridade ao espaço público de encontro e ao pedestre. O mercado e as tendências arquitetônicas criaram os edifícios individuais que levam a mais isolamento, introversão e rejeição".
Estamos emparedados. De cara, pelos carros, que vão ganhando espaço e nos tirando a mobilidade.
Depois pela arquitetura das formas. Corremos, se pudermos, atrás delas. Em São Paulo, pior ainda, a forma é escassa. Corremos para dentro de caixas de isolamento. Sem graça, cinzas, quadradas. A nossa vida é entre o carro e a casa. O canto do computador ou da TV. Embora, a cidade esteja na rua. As pessoas aproveitando a vida nas ruas.
Zaha Hadid concorda que é preciso conectar as pessoas. Não se pode fugir disso. Ela quer uma cidade acessível com prédios contínuos e grandiosos. Jan Gehl quer atender as necessidades das pessoas, sempre que possível juntando-as. De modo diverso as propostas são tornar a cidade acessível.
Quem manda na cidade de São Paulo não somos nós. São as pessoas. O poder público se perdeu na burocracia, no anacronismo, na legislação feita para não fazer. Não conduzimos nem somos conduzidos. Vamos indo.
Temos que sair dessa roubada. Senão a gente vira coisa.
A dimensão humana tem que ocupar a rua. Que tal começar pelo conserto da calçada?


Fonte: Folha 
José Luiz Portella
José Luiz Portella Pereira, 58, é engenheiro civil especializado em gerenciamento de projetos, orçamento público, transportes e tráfego. Foi secretário-executivo dos Ministérios do Esporte e dos Transportes, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos e de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo e presidente da Fundação de Assistência ao Estudante. Formulou e implantou o Programa Alfabetização Solidária e implantou o 1º Programa Universidade Solidária. Escreve às quintas-feiras na Folha.com. Faz comentários no "RedeTVNews" e na rádio CBN.

quarta-feira, 21 de março de 2012

10 sugestões para economizar água em seu quintal



Postado em 21/03/2012 às 11h21
Espalhe pedaços de madeira, palha, compostos, ou folhas em seu jardim ou em volta da base das árvores e arbustos para ajudar o solo a reter água. | Foto: Smiling Gardener 
 
Com o foco em aparelhos de água eficientes e outras formas inteligentes para conservar a água dentro de casa, é fácil esquecer o quanto deste recurso é consumido nos quintais e jardins.
A água usada na área externa é 30% do consumo total da casa, e esse número pode subir ainda mais em regiões mais secas. É por isso que tomar o tempo para reduzir o uso de água externa é uma parte importante para deixar sua casa mais sustentável. O CicloVivo apresenta dez maneiras fáceis de reduzir sua pegada hídrica.
Instale um barril para captar água da chuva
A melhor maneira de economizar água no seu quintal ou jardim é instalar um barril de chuva. Coloque o barril reciclável sob uma calha ou outro sistema de drenagem para captar e armazenar água para uso posterior. Alguns deles têm torneira sendo assim fácil de anexar uma mangueira. Se você fixar o barril diretamente da sua calha, coloque um filtro para evitar transbordamento.
Seja esperto com a irrigação
O melhor método para molhar jardins, gramados, árvores e arbustos é com uma mangueira giratória ou sistemas de irrigação por gotejamento: estes tipos de mangueiras gotejam lentamente a água sobre o solo. Elas irrigam diretamente onde é necessário. Este tipo de mangueira necessita menos água do que um sistema de aspersão, que pode utilizar quase dois mil litros de água em duas horas.
Use sabiamente os borrifadores
Se os borrifadores são sua única opção, certifique-se de usá-los da maneira mais eficiente possível. Aponte-os para o local exato para evitar o desperdício de água em superfícies não absorventes, como calçadas, e só execute-os quando o sol estiver baixo para minimizar a perda por evaporação. Você também pode instalar sensores que impedem que os aspersores liguem na chuva.
Saiba quando o seu quintal precisa de água
Utilize uma chave de fenda ou pá pequena para testar o solo em seu jardim: se os primeiros dez centímetros estiverem úmidos, não é necessário regar. A maioria dos gramados só precisam de água uma vez por semana no verão e muito menos no inverno.
Plante espécies nativas resistentes à seca
As plantas evoluíram durante milhões de anos para se encaixar perfeitamente em seu ambiente, por isso, se você vive em um clima seco, as plantas nativas são uma de suas melhores armas contra desperdício de água. Plantas resistentes à seca, como cactos e alecrim podem reduzir a quantidade de água necessária em seu quintal, portanto verifique com os paisagistas locais para encontrar as melhores plantas para a sua área.
Organize as plantas por necessidade de água e no local certo
Coloque plantas que necessitam de mais água, em conjunto, em áreas mais baixas para fazer a rega fácil e eficiente, e as plantas mais resistentes do grupo em lugares mais secos como zonas mais arejadas ou declives.
Ventile seu quintal
Arejar seu gramado irá ajudá-lo a absorver a água rapidamente e reduzir o escoamento, especialmente se seu gramado tiver muito movimento ou se tem um solo compactado como argila.
Substitua a grama
Se você mora em uma área propensa à seca, pode ser mais fácil ‘se livrar’ dos gramados que necessitam muita água. Você pode substituir a grama  por plantas de baixa manutenção e cascalhos. Se você não quiser se livrar de seu gramado inteiro, tente montar um paisagismo em torno de sua casa, árvores, ou entrada de automóveis com pedrinhas.
Cubra com folhas seu jardim e arbustos
Esta é uma ótima maneira de manter seu consumo de água baixo, porque ele retém a umidade sob o solo onde ela é mais necessária. Espalhe pedaços de madeira, palha, compostos, ou folhas em seu jardim ou em volta da base das árvores e arbustos para ajudar o solo a reter água. Como um bônus adicional, a cobertura irá ajudar a evitar a erosão e também irá fornecer os nutrientes extras quando ela começa a se decompor.
Mantenha a manutenção da sua piscina em dia
Verifique se há vazamentos em torno de bombas, filtros e tubos e cubra a piscina para evitar a perda por evaporação. Com informações do GreenHome .
Redação CicloVivo

segunda-feira, 19 de março de 2012

Cobrando dos carros para beneficiar as bicicletas

 WILLIAN CRUZ | ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 19 DE MARÇO DE 2012
O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e outros 18 representantes do governo propuseram a implantação de uma “ciclotaxa” no Estado de São Paulo. Segundo a Folha, seria um tributo a ser pago por quem tem veículo a gasolina (os que usam etanol não seriam cobrados), para financiar o estímulo ao uso de bicicletas.
O Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) aprovou por unanimidade essa e outras propostas para reduzir a poluição do ar. Doze representantes da sociedade civil também foram favoráveis à taxa, entre elas OAB e Fiesp. O valor ficaria entre R$ 15 e R$ 25 por ano, sendo cobrada junto com o IPVA. A receita poderia chegar aos R$ 105 milhões anuais e seria utilizada para financiar o Probici (Programa de Incentivo à Bicicleta), apoiando campanhas e a construção de ciclovias e bicicletários, entre outras iniciativas.
Mas, para que essa proposta fosse enviada à Assembleia Legislativa em forma de projeto de lei, era necessária a aprovação do governador, Geraldo Alckmin. Gilberto Dimenstein chegou a perguntar em sua coluna: “Alckmin vai ter coragem?
Imagem: artebicimob

Alckmin não implementará a cobrança

No mesmo dia, Dimenstein teve que atualizar sua coluna, com um novo texto: “não tem coragem“. O governador foi rápido em divulgar nota oficial esclarecendo que não criaria a taxa, apesar de aprovada por unanimidade pelo Consema, afirmando que o assunto “não foi discutido pelo governo”. A proposta vinha sendo debatida pelo conselho desde setembro de 2011.
A nota diz que “o esforço da gestão tem sido para reduzir a carga tributária e melhorar o gasto público” e que “já investe em ciclovias e no incentivo à bicicleta como meio de transporte”. Investir, até investe. Mas será que o investimento tem sido suficiente?
O prefeito, Gilberto Kassab, gostou da ideia e disse que seria um dinheiro bem empregado, aproveitando para criticar o pré-candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, que recentemente prometeu o fim da taxa de inspeção veicular – o que, na prática, faria com que toda a população, inclusive quem não tem carro, arcasse com o custo da fiscalização.
Haddad, por outro lado, afirmou que a “ciclotaxa” não é necessária, pois a arrecadação triplicou nos últimos sete anos e seria possível construir infraestrutura cicloviária sem essa cobrança.
Fonte: Vá de Bike 
Obs: 
Sou ciclista e defendo o uso da bicicleta. No entanto ser cobrado algo a mais da população que nada tem haver com isso, não seria a forma mais inteligente de solucionar o problema, o que tem que haver é mobilização de nossos governantes para investimento em infra estrutura, pois Dinheiro já tem e muito. Vejo nesse projeto só mais um meio do governo arrecadar e assim trazer revolta ao cidadão, que já é um tanto lesado em questão de tributos. O objetivo de ciclistas e afins é de promover alternativas de locomoção e ter por meio dela qualidade de vida e satisfação e respeito, acho que não seria dessa forma que ganharíamos repeito dos cidadãos, temos sim que abrir os olhos das pessoas que estão chegas por um mundo capitalista e autoritário sempre manipulando e ditando suas regras financiadas e manipuladas por gigantes cheios de interesses em manter seus prazeres, queremos sim uma sociedade mais informada e educada onde podemos conquistar através de respeito e dignidade. Apoiar tal ideia seria só mais um tapinha nas costas das autoridades politicas dizendo: isso mesmo o povo que tem que pagar não importa como. Nosso governo não esqueçam tem uma das mais elevadas taxas de impostos do mundo, acho que não precisamos de mais uma.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Indianos criam prédio resistente a desastres naturais

projeto inclui a coleta de água da chuva, reciclagem de água, plantações e espaço comercial para que o prédio se torne uma comunidade sustentável
Vanessa Daraya, de info
Habitação sustentável na Índia
O conceito de habitação é um prédio de três andares construído sobre palafitas com um núcleo resistente a terremoto, ventanias e tempestades
São Paulo – Um grupo de arquitetos indianos criou uma habitação de bambu resistente a desastres naturais.
O conceito de habitação é um prédio de três andares construído sobre palafitas com um núcleo resistente a terremoto, ventanias e tempestades. O projeto inclui a coleta de água da chuva, reciclagem de água, plantações e espaço comercial para que o prédio se torne uma comunidade sustentável.
No grupo, estão os arquitetos Komal Gupta, Vasanth Packirisamy, Vikas Sharma, Sakshi Kumar and Siripurapu Monish Kumar. O objetivo foi criar uma comunidade ecológica com unidades de habitação, dois centros comunitários, instalações médicas, creche, mercado, uma biblioteca e um amplo espaço verde ao ar livre, com resistência aos eventos naturais extremos.
O núcleo central da construção é equipado com água e energia. São três apartamentos por andar e cada um deles tem cozinha e banheiro. Além disso, um deck de bambu pode ser convertido em uma sala de estar e quarto.
Já os centros comunitários são construídos fora da terra para evitar inundações, com materiais resistentes para suportar os desastres. A água da chuva também é recolhida por meio de telhados e armazenada em um tanque, na parte inferior da estrutura.
Então, caso aconteça uma forte tempestade, os apartamentos de bambu até podem ser destruídos. Porém, o núcleo - à prova de desastres - permanece. O que for destruído poderá ser reconstruído de forma rápida e barata.
O projeto foi criado para participar da competição de arquitetura “Design Against the Elements”, com empresas do mundo tudo. A iniciativa do evento aconteceu depois da devastação causada pela tempestade tropical Ondoy, nas Filipinas. A meta é reunir as inovações em arquitetura, design e planejamento urbano para o desenvolvimento de construções resistentes a desastres para comunidades que vivem em áreas urbanas tropicais.
Fonte: Exame 

Da raíz aos grãos - Olhar Sobre o Mundo - Estadao.com.br

Da raíz aos grãos - Olhar Sobre o Mundo - Estadao.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2012

Manipulações e mentiras para impor uma ideia


No dia 27 de fevereiro, em seu blog, Reinaldo Azevedo divulgou a confissão de um médico norte-americano que admitiu publicamente ter realizado cinco mil abortos e, depois, se arrependido e se tornado um defensor incondicional da vida. Azevedo reproduziu trecho de uma conferência do Dr. Bernard N. Nathanson (foto mais abaixo), proferida no Colégio Médico de Madri. Nathanson morreu no dia 21 de fevereiro de 2011, aos 85 anos. Preste atenção às táticas usadas para convencer a população:

É preciso trabalhar com números mentirosos – “É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Essa tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade.”

É preciso ganhar os meios de comunicação e a universidade – “Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda. É importantíssimo que vocês se preocupem com os meios de comunicações sociais porque, segundo explicam os fatos, assim se infiltrarão as ideias entre a população. Se na Espanha esses meios não estão dispostos a dizer a verdade, vocês se encontram na mesma situação que criamos nos EUA, em 1968/69, quando contávamos através desses meios todas as mentiras que acabo de mencionar.”

É preciso apresentar pesquisas falsas – “Outra prática eram nossas próprias invenções. Dizíamos, por exemplo, que havíamos feito uma pesquisa e que 25 por cento da população eram a favor do aborto e três meses mais tarde dizíamos que eram 50 por cento, e assim sucessivamente. Os americanos acreditavam e como desejavam estar na moda, formar parte da maioria para que não dissessem que eram ‘atrasados’, se uniam aos ‘avançados’. Mais tarde fizemos pesquisas de verdade e pudemos comprovar que pouco a pouco iam aparecendo os resultados que havíamos inventado; por isso sejam muito cautelosos sobre as pesquisas que se fazem sobre o aborto. Porque apesar de serem inventadas têm a virtude de convencer inclusive os magistrados e legisladores, pois eles, como qualquer outra pessoa, leem jornais, ouvem rádio e sempre fica alguma coisa em sua mente.”

É preciso satanizar os cristãos – “Uma das táticas mais eficazes que utilizamos naquela época foi o que chamamos de ‘etiqueta católica’. Isso é importante para vocês, porque seu país é majoritariamente católico. Em 1966, a guerra do Vietnã não era muito aceita pela população. A Igreja Católica a aprovava nos Estados Unidos. Então escolhemos como vítima a Igreja Católica e tratamos de relacioná-la com outros movimentos reacionários, inclusive no movimento antiabortista. Sabíamos que não era bem assim, mas com esses enganos pusemos todos os jovens e as Igrejas Protestantes, que sempre olhavam com receio a Igreja Católica, contra ela. Conseguimos inculcar a ideia nas pessoas de que a Igreja Católica era a culpada da não aprovação da lei do aborto. Como era importante não criar antagonismos entre os próprios americanos de distintas crenças, isolamos a hierarquia, bispos e cardeais como os ‘maus’. Essa tática foi tão eficaz que, ainda hoje, se emprega em outros países. Aos católicos que se opunham ao aborto se lhes acusava de estar enfeitiçados pela hierarquia e os que o aceitavam se lhes considerava como modernos, progressistas, liberais e mais esclarecidos. Posso assegurar-lhes que o problema do aborto não é um problema do tipo confessional. Eu não pertenço a nenhuma religião e em compensação estou lhes falando contra o aborto.

“Também quero dizer-lhes que hoje nos Estados Unidos a direção e liderança do movimento antiabortista passou da Igreja Católica para as igrejas protestantes. Há também outras igrejas que se opõem, como as ortodoxas, orientais, a Igreja de Cristo, os batistas americanos, igrejas luteranas, metodistas da África, todo o islã, o judaísmo ortodoxo, os mórmons, as assembleias de Deus e os presbiterianos. Outra tática que empregamos contra a Igreja Católica foi acusar seus sacerdotes, quando tomavam parte nos debates públicos contra o aborto, de meter-se em política e de que isso era anticonstitucional. O público acreditou facilmente, apesar de a falácia do argumento ser clara.”

Azevedo então comenta: “Restringir as críticas à descriminação ou legalização às igrejas é só uma farsa persecutória duplamente qualificada: (a) em primeiro lugar, é mentirosa, porque há pessoas que se opõem à legalização do aborto e são ateias ou agnósticas; (b) em segundo lugar e não menos importante, os crentes têm o mesmo direito de opinar dos não crentes; constituem, aliás, a maioria das sociedades. Isso não lhes confere, na democracia, o direito de calar a minoria, mas também não confere à minoria o direito de cassar a voz majoritária. [...] Trabalhar com números falsos e demonizar as igrejas são atitudes que integram uma atuação de caráter político, militante.”

Nota: É bom lembrar que essa militância mentirosa, preconceituosa e hostil não está restrita à política e à defesa do aborto. A mesma tática de manipulação da opinião pública é utilizada por outras militâncias. Basta voltar aos trechos que italizei na corajosa confissão do Dr. Nathanson: (1) uma “grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade”; (2) É importantíssimo que vocês se preocupem com os meios de comunicações sociais porque, segundo explicam os fatos, assim se infiltrarão as ideias entre a população; (3) Posso assegurar-lhes que o problema do aborto não é um problema do tipo confessional. Eu não pertenço a nenhuma religião e em compensação estou lhes falando contra o aborto. Note também o que Azevedo escreveu: “Trabalhar com números falsos e demonizar as igrejas são atitudes que integram uma atuação de caráter político, militante.” Se nos lembrarmos de que praticamente todo dia algum jornal ou revista ou documentário ou filme divulga aspectos do darwinismo, de uma ou outra maneira, explícita ou escancaradamente, nos daremos conta da tremenda orquestração que favorece a teoria da evolução em detrimento de visões discordantes (não apenas de religiosos). Se nos lembrarmos, também, de que os meios de comunicação praticamente só dão espaço aos cientistas/teóricos darwinistas, tendo estes amplo acesso à população e que os militantes darwinistas vivem tentando polarizar a discussão como se se tratasse de ciência versus religião, perceberemos que a mesma tática usada pelos abortistas é empregada pelos militantes darwinistas. No Brasil, devido à sua raiz religiosa (majoritariamente católica), ocorre algo óbvio: a maioria aceita as ideias de Darwin enquanto diz crer em Deus (confira aqui). Mal se dão conta da incoerência dessa postura. Mas é realmente de se esperar algo assim por parte de um povo que vai à igreja de vez em quando e se expõe à mídia todo dia. O fato é que cada vez mais os criacionistas serão demonizados na mídia; serão considerados retrógrados, anacrônicos, fundamentalistas (como em verdade já vêm sendo chamados). Pelo visto, dias piores virão – para os opositores do aborto (talvez), mas muito mais para os seguidores do Deus Criador e de Sua Palavra.[MB]

Leia também: "Controle de opinião"

É verdade que existe uma mancha gigante de lixo plástico no oceano?

por Sonaira San Pedro
Uma não, duas. Elas ficam no meio do oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do tamanho dos Estados Unidos! Nesses depósitos de lixo flutuante já foram encontrados os mais bizarros resíduos, de cones de trânsito a brinquedos, tênis e malas de viagem. Metade dessa sujeirada toda é lançada no mar por navios e plataformas de petróleo. A outra parte deságua nos oceanos trazida por rios espalhados pelo mundo. O pior é que o desastre ecológico só aumenta: o volume de plástico no Pacífico mais que triplicou nos últimos dez anos. “O isolamento poderia fazer desse lugar um paraíso para os animais. Mas eles rondam a linha do lixo e só têm plástico para comer. Já encontramos todo tipo de objeto no estômago dos bichos”, diz o pesquisador Charles Moore, da Algalita Marine Research Foundation, entidade americana que trabalha na proteção da vida marinha. : -O
CORRENTE CONTÍNUA
Pacífico tem “redemoinhos que prendem lixo de todos os oceanos
Correntes marítimas como a Círculo Polar Antártica ligam os três oceanos daTerra. Assim, grande parte dos resíduos do Atlântico e do Índico acaba se dirigindo para o Pacífico, mesmo que leve décadas percorrendo os mares do mundo.
Em algumas regiões do oceano Pacífico, as correntes marítimas se movimentam em círculos, formando enormes “redemoinhos”. O lixo que entra nessas áreas, após vagar pelos oceanos de todo o planeta, fica preso nas correntes, formando as duas manchas gigantes de plástico.
O pior é que o lixo boiando na superfície é só uma pequena parte da sujeira. Com o passar dos anos, pedaços menores de plástico se diluem, formando uma espécie de sopa nojenta. Resultado: as manchas têm camadas com até 10 m de profundidade de lixo.
EFEITOS COLATERAIS
Lixo das manchas detona dieta dos animais
CARDÁPIO IMPRÓPRIO
Pesquisadores já encontraram tartarugas que comeram isqueiros, peixes engasgados com linhas de pesca e pássaros marinhos mortos com o estômago lotado de plástico ingerido na região das manchas.
ALTERAÇÃO HORMONAL
lixo forma resíduos tóxicos que confundem os receptores hormonais de alguns animais. Há espécies que tiveram queda na produção de esperma e nascimento de mais fêmeas.
INTOXICAÇÃO À MESA
Ao comer peixes que passaram por essas regiões, o ser humano ingere também os produtos tóxicos absorvidos pelos animais.
SOLUÇÃO DIFÍCIL
Problema maior é eliminar “sopa plástica” abaixo da superfície
Pesquisadores ainda quebram a cabeça para encontrar um jeito de se livrar desse lixo. Apesar de trabalhoso, retirar os resíduos da superfície seria a parte mais fácil. O problema é o que está abaixo dessa camada. Como o plástico se quebra em pedaços quase microscópicos, remover essa “sopa plástica” significaria tirar também a água do mar com micro-organismos vivos, o que causaria um impacto ambiental ainda maior. Uma possível saída seria criar uma substância que fizesse uma faxina na região.
Grandes navios soltariam milhões de litros de um solvente especial. Essa substância teria que ser biodegradável e atóxica, para não interferir na vida marinha local.
O solvente quebraria as moléculas dos microscópicos pedaços de plástico, transformandoos em partículas inofensivas para a natureza, como átomos de carbono.
Mas há um problema: o excesso de átomos de carbono poderia alterar a vida marinha - até mesmo provocando mais mutações em algumas espécies.
Fonte: Mundo estranho