segunda-feira, 19 de março de 2012

Cobrando dos carros para beneficiar as bicicletas

 WILLIAN CRUZ | ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 19 DE MARÇO DE 2012
O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e outros 18 representantes do governo propuseram a implantação de uma “ciclotaxa” no Estado de São Paulo. Segundo a Folha, seria um tributo a ser pago por quem tem veículo a gasolina (os que usam etanol não seriam cobrados), para financiar o estímulo ao uso de bicicletas.
O Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) aprovou por unanimidade essa e outras propostas para reduzir a poluição do ar. Doze representantes da sociedade civil também foram favoráveis à taxa, entre elas OAB e Fiesp. O valor ficaria entre R$ 15 e R$ 25 por ano, sendo cobrada junto com o IPVA. A receita poderia chegar aos R$ 105 milhões anuais e seria utilizada para financiar o Probici (Programa de Incentivo à Bicicleta), apoiando campanhas e a construção de ciclovias e bicicletários, entre outras iniciativas.
Mas, para que essa proposta fosse enviada à Assembleia Legislativa em forma de projeto de lei, era necessária a aprovação do governador, Geraldo Alckmin. Gilberto Dimenstein chegou a perguntar em sua coluna: “Alckmin vai ter coragem?
Imagem: artebicimob

Alckmin não implementará a cobrança

No mesmo dia, Dimenstein teve que atualizar sua coluna, com um novo texto: “não tem coragem“. O governador foi rápido em divulgar nota oficial esclarecendo que não criaria a taxa, apesar de aprovada por unanimidade pelo Consema, afirmando que o assunto “não foi discutido pelo governo”. A proposta vinha sendo debatida pelo conselho desde setembro de 2011.
A nota diz que “o esforço da gestão tem sido para reduzir a carga tributária e melhorar o gasto público” e que “já investe em ciclovias e no incentivo à bicicleta como meio de transporte”. Investir, até investe. Mas será que o investimento tem sido suficiente?
O prefeito, Gilberto Kassab, gostou da ideia e disse que seria um dinheiro bem empregado, aproveitando para criticar o pré-candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, que recentemente prometeu o fim da taxa de inspeção veicular – o que, na prática, faria com que toda a população, inclusive quem não tem carro, arcasse com o custo da fiscalização.
Haddad, por outro lado, afirmou que a “ciclotaxa” não é necessária, pois a arrecadação triplicou nos últimos sete anos e seria possível construir infraestrutura cicloviária sem essa cobrança.
Fonte: Vá de Bike 
Obs: 
Sou ciclista e defendo o uso da bicicleta. No entanto ser cobrado algo a mais da população que nada tem haver com isso, não seria a forma mais inteligente de solucionar o problema, o que tem que haver é mobilização de nossos governantes para investimento em infra estrutura, pois Dinheiro já tem e muito. Vejo nesse projeto só mais um meio do governo arrecadar e assim trazer revolta ao cidadão, que já é um tanto lesado em questão de tributos. O objetivo de ciclistas e afins é de promover alternativas de locomoção e ter por meio dela qualidade de vida e satisfação e respeito, acho que não seria dessa forma que ganharíamos repeito dos cidadãos, temos sim que abrir os olhos das pessoas que estão chegas por um mundo capitalista e autoritário sempre manipulando e ditando suas regras financiadas e manipuladas por gigantes cheios de interesses em manter seus prazeres, queremos sim uma sociedade mais informada e educada onde podemos conquistar através de respeito e dignidade. Apoiar tal ideia seria só mais um tapinha nas costas das autoridades politicas dizendo: isso mesmo o povo que tem que pagar não importa como. Nosso governo não esqueçam tem uma das mais elevadas taxas de impostos do mundo, acho que não precisamos de mais uma.


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